Após o final da Apertura, Bruno Bianchi mostrou-se um homem feliz. Foi em pompa e circunstância que várias estações de televisão portuguesa o procuraram, multiplicando-se em entrevistas. Para um melhor acompanhamento do leitor, e sendo-nos impossível transcrever tantas entrevistas, deixamos-lhe aqui, em primeira mão, as suas principais declarações.
O Ceptro não conseguido.
"Entramos na última jornada com um ponto de atraso em relação ao líder, que jogava contra o Instituto. Jogaram primeiro e venceram facilmente a partida e nós jogamos completamente desmotivados porque mesmo que vencêssemos não seríamos campeões. Acabamos por perder o jogo com naturalidade. Morremos na praia. Estou aqui de cara lavada e fizemos mais do que aquilo que todos esperavam. Se no futuro não conseguirmos, para a história fica já este êxito neste ano de estreia nas Pampas."
Momento mais alto.
"Penso que fomos sempre uma equipa com um bom futebol. Não perdemos qualquer jogo com nenhum dos rivais e fomos, como resume a tabela, os melhores."
Momento mais baixo.
"A roubalheira em Córdoba diante do Instituto foi marcante.Noutro contexto, ver a total apatia do Instituto e os consequentes discursos do seu treinador nesta saga. Deixaram-me ambos agastados, como se, moralmente só lá estivesse a marcar presença."
O desejo.
"Que a 2a parte desta época seja igual à primeira. Penso que a média de pontos é muito importante para contas futuras, portanto temos que ficar muito satisfeito com o que já conseguimos."
A polémica com Skywalker e o rendimento do Instituto.
"Como disse, as arbitragens quebraram o ritmo da equipa. O plantel, continuo a dizer, tinha um pouco mais de potencial que o nosso. Que se consiga levantar, a bem desta saga. O que se disse, está dito. Apenas não compactuo com insinuações falaciosas. Ficou num lugar demasiado inglório para ser verdade."
A polémica com Rui Krino.
"Sei que se pudesse, esse senhor transformava-se numa avestruz. Se tivesse um buraquinho metia-se lá dentro... Num bom português, pela boca morre o peixe. Toda a gente o leu e toda a gente se pode rir mais ao reler. E, ainda por cima, não fomos minimamente sonhadores. Só ficaram a um ponto? Nem que fosse por um golo, ficar à frente é ficar à frente. Se não lhe passava pela cabeça, passou a ficar-lhe na cabeça para sempre. Ficamos à frente deles. Ponto final."
O Quilmes.
"Não consigo compreender. Para mim, um grande desilusão. Todavia, estou seguro que continua a ter tudo para subir ainda este ano."
Reforços.
"Temos dois jogadores mais do que referenciados e serão certamente jogadores do Arsenal. O que nos falta contratar virá já para a semana, o outro, penso que só no final da época."
A dúvida.
"Não sei os parâmetros desta segunda metade da liga. Penso que estamos todos curiosos. Aconteça o que acontecer, o Arsenal vai entrar sempre em campo para ganhar e juntar pontos."
O jogador revelação.
"Não falo de um jogador. Penso que é minha obrigação enaltecer a defesa, que, apesar de muito fraca, soube estar à altura da nossa filosofia de jogo."
O sentimento.
"Estou feliz, como calculam. Sinto que o trabalho honesto deu frutos, mas mais ainda porque existiram vozes que nos troçaram em praça pública e a nossa resposta ficou guardada para o final. Elogiámos várias vezes o Almagro como rival e concorrente, mas queríamos ficar à frente deles. Conseguimos. Fomos campeões dos quatro e isso deixa-me extremamente feliz. Todos quereriam estar no nosso lugar, ou poder dizer o mesmo."
O agora.
"Vou tratar de outras culturas. Saga? Só pensarei nela na próxima sexta-feira. Tal como disse alguém outrora, valores mais altos se levantam a partir de hoje."
Uma questão pertinente.
"Nenhum de nós estava preparado para uma realidade tão especifica como os parâmetros da Liga Argentina. Além de confusa, está a ser claramente bonita e competitiva, o que não penso que chegue para durar muito. Se o Concílio da saga se decidisse por viajar para outras paragens, não diria que não. Se for para continuar, estarei de bom gosto e votaria 2a divisão de Inglaterra. Quero é jogar."
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