O treinador da Sampdória, provável campeã da Serie B desta época, farto de ser questionado sobre os rivais e a luta que se prevê intensa até final, quis colocar um ponto final nos intensivos pedidos de opinião de que é alvo.
Quando não se fala noutra coisa senão o escaldante jogo do título entre o Nápoles e a Sampdória, Ziad foi mais uma vez directo e rectilíneo no seu discurso.
"Gosto muito do treinador do Nápoles. Está a fazer um excelente campeonato e merece o lugar que ocupa. Respeitamos o Nápoles desde sempre, até porque eu sempre disse que era candidato à subida. No entanto, ter colhões não é para todos."
Questionado sobre o que o que é que essa polémica frase queria dizer, acabou especificar.
"No ínicio de época, a Sampdória assumiu o objectivo título porque a história do clube assim o exigia. Quando entrei, o clube estava no 5º lugar mas ninguém me viu com discursos de jogo-a-jogo para no caso das coisas correrem mal não ser acusado de fracassado. É sempre mais fácil protegermo-nos em caso de insucesso do que ter coragem para assumir o que queremos quando o caminho é muito difícil. É um desenho que os senhores querem? Pois muito bem. Se desde que peguei na equipa viesse com o discurso de pensar jogo-a-jogo hoje seríamos considerados a equipa sensação, mas não posso ir contra os meus princípios e a minha dignidade. Nunca me verão com discurso de coninhas."
Indagado se era uma indirecta ao treinador do rival Nápoles, Ziad sorriu.
"Não é indirecta. São factos. São formas de estar no futebol. Araújo protegeu-se e bem, mas eu não consigo ser assim. O certo é que estamos os dois na luta e trás-me felicidade saber que somos amigos."
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