Bruno Ziad, técnico da Sampdória, abordou hoje o clássico que se avizinha diante do Nápoles, que apesar de não decidir nada, é sempre um dos jogos mais importantes da jornada. Itália espera um grande jogo e o mesmo terá uma cobertura mediática.
O técnico da Sampdória mostrou-se tranquilo.
"É um jogo que queremos ganhar porque vale três pontos. Não é no Sao Paolo que se vai decidir nada. O vencedor ganha um jogo, não ganha um título."
Bruno Ziad desvalorizou ainda os acontecimentos da primeira volta, analisando também a história recente nos confrontos entre as duas equipas.
"O Nápoles é favorito. Joga em casa, tem um treinador velha-raposa e com o apoio dos seus adeptos tem a oportunidade de subir alguns lugares. Se na primeira volta foram penalizados? Sim, foi uma arbitragem infeliz do José Pratas, como já aconteceu connosco tantas vezes. Em nossa casa temos ganho, na casa deles temos perdido. Com justiça ou sem justiça, para a história ficam os resultados. A pré-época (5-0 a favor da Samp) não reflecte o potencial de nenhuma das equipas. Se formos analisar o último jogo no Sao Paolo, estivemos a ganhar por duas vezes e acabamos por perder imerecidamente com um penalty aos 86 minutos. É futebol, é um clássico, há sempre polémica e insatisfação mútua..."
Instado a comentar a contratação de um dos seus menino-bonito, Alexandros Papadopoulos por parte do rival, assim como a troca de passes de D´Alessandro-Jacques, Ziad foi directo na abordagem sobre o assunto.
"Sobre o negócio já falei. Fica marcada na história e é disto que as Sagas vivem: de momentos diferentes. Não há jogadores insubstituíves. O mundo do futebol pode até ter ficado admirado, mas tanto eu como Araújo temos um temperamento e uma filosofia de jogo que quem não encaixa e não rende, é perfeitamente negociável. Sabia que o Jacques iria render no Nápoles e mostrar que eu falhei. O Jacques deu muito à Sampdória, respeito-o e desejo-lhe sucesso, golos... mas acabou por se deixar entrar na onda do muito vedetismo e pouco rendimento real. Precisava de mudar de ares parar voltar a ser o mesmo. No futebol, isto acontece. Por outro lado, recebemos um jogador que eu conheço bem e me ajudou muitas vezes a chegar à glória. Foi uma opção que jamais me fará arrepender para o meu pessoal projecto desta saga. Quanto ao Alex (Papadopoulos), foi uma excelente contratação, estava nos nossos planos desde o início da saga. Araújo provavelmente vá insistir e jogar com dois avançados, caso contrário não me parece que o reforço do ataque fosse prioridade, mas estou de fora e Araújo lá sabe."
O técnico abordou ainda os temas Champions e o Calcio.
"Estamos na Champions ainda, o que digam o que disserem, é um feito histórico e que marca esta saga para sempre. Se vamos continuar? Enquanto matematicamente for possível, temos que acreditar. No campeonato, queremos acima de tudo ganhar, praticando um bom futebol para podermos ficar entre os oito primeiros. O ideal seria ficar entre os primeiros 7 para fugir da Tótó, mas seria mais um feito histórico que não será de todo plausível neste momento. Se podemos descer? Se perdermos os jogos todos e formos roubados pelas arbitragens como temos sido a maior parte das vezes... acho que... Não acho nada. É simplesmente impossível (sorriso)."
A terminar, José Pratas.
"Que erre o menos possível para bem da verdade desportiva. Estamos fartos dele, mas ele também faz parte da saga. Já falhou contra todos, já roubou todos, já nos benificiou a todos, já nos fez ganhar escandalosamente a todos..."
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