segunda-feira, 22 de março de 2010

"O que se comprar com 500mil euros?"

A pergunta foi deixada no ar pelo treinador adjunto de Ziad, Roberto Cordeiro, que acompanhou Bianchi e Trapattoni e é o único que permanece no banco desde o início da saga.
"A primeira coisa que me espantou em Ziad foi querer unir o grupo. Se havia jogadores insatisfeitos, depois da primeira palestra viu-se claramente que iria passar a haver uma união até há morte. Resultado? Dois jogos, duas vitórias, nove golos marcados e a liderança da Serie B."
O adjunto foi mais longe.
"Ziad não vai fazer milagres com 500 mil euros, mas já disse que sabe viver com o que tem. O que é que se pode comprar mais uma vez com 500 mil euros? Gostava de ouvir os adversários falarem sobre esta questão, já que é muito fácil falar com os bolsos com 4 milhões, digo 4 no mínimo, para gastar, e mesmo com muito pouco dinheiro somos nós que lideramos."
Ainda sobre as transferências...
"Sei que Ziad tinha dois objectivos em mente, mas ambos serão difícies em Dezembro. Talvez para a próxima época. Estou certo que apesar de serem jogadores baratos, os jogadores que vierem vão render o suficiente para pagarem o investido. A maior contratação de Ziad foi é e será a união do balneário, que conseguiu blindar rapidamente. É um treinador de topo."
Quanto a saídas, o adjunto foi cauteloso.
"Segundo a nossa reunião, não vamos vender nenhum jogador considerado fundamental.Wallerstedt não está a corresponder como desejávamos, mas mesmo ele terá novas oportunidades."
No final, não deixou de abordar questões técnicas.
"Ziad confia em Palombo e Palombo acredita agora ser um jogador indispensável para o nosso sucesso e por isso também não está à venda. Gasbarroni, apesar de estar a ultrapassar uma fase negativa que perdura, certamente dará a volta por cima. Contamos com todos, somos uma verdadeira equipa quer dentro quer fora de campo."
Sobre os homens que destaca, admitiu que "Hoiland, Jacques e Skalidis estão numa forma fenomenal, mas o que me espanta é a humildade com que encaram o sucesso pessoal. Na Sampdória existe muito valor humano, para além do pessoal. Ziad tem já muito mérito em ter os jogadores ao seu lado e capazes de morrerem em campo."

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